Eu vou num
longo trajeto,
mas estou
perto de lá,
no meu
último andamento
à minha
estância final.
Sem
bagagem, sem dinheiro,
Só a dor e
rugas fatais.
Eu sou o
mortal passageiro
com um
bilhete mortal.
Na memória
eu te carrego,
mesmo que é
tarde de mais.
Para o amor
não há tempo,
nem
situação, nem lugar.
Eu sou
feliz quando tenho
o teu
passado no olhar,
o teu
sorrizo mais belo
tão fresco
e tão virginal.
Lembro-me
que eu fui o beijo
que secou o
teu chorar,
e o meu
coração a seco
precisando
teu beijar.
Vou chegar,
eu quasi chego
até o meu
fim natural,
sem
bagagem, sem dinheiro,
sem você, na solidão.
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